Outra vez
Agentes da FIR "apanham" com "Putos" de Dhlakama
O clima politico militar está cada vez mais tenso. Depois do ataque de Muxungue e a detenção em Chimoio da segurançao do líder da Renamo, Afonso Dhlakama, recentemente agentes da Força de Intervenção Rápida, FIR, foram medir forças com a segurança do líder da Renamo.
Desta vez foi em Gorongoza, onde se encontra Afonso Dhlakama e seus apelidados homens armados.
Numa tentativa de desarmar os homens da segurança de Dhlakama, agentes da FIR baleados e escorraçados, deixando para atrás meios policiais do tipo anti motim, como é o caso de um carro blindado.
Recorde-se que a FIR é uma unidade especial da PRM que tem sido usada pelo regime para reprimir aos cidadãos e, todas as vezes que enfrentou homens da Renamo levou "tchaia".
On several occasions I was thinking "I needed a platform to express my ideas and some know". And, today, I created this blog, and I hope to share with you.
terça-feira, 28 de maio de 2013
Reunido em AG em Inhambane
UNAC volta criticar
ProSavana
A União Nacional dos Camponeses de Moçambique, UNAC, reuniu-se recentemente
na província de Inhambane, sul país, em Assembleia Geral Ordinária e, dentre
vários pontos abordados a questão do megaprojecto de agricultura comercial,
ProSavana que deverá ser implementado no Corredor de Nacala voltou a ser
criticada severamente pelos participantes.
A Assembleia que contou com uma presença de cerca de uma
centena de delegados vindos de todos os pontos do país deliberou vários pontos
e, no final das sessões emitiu uma declaração, a qual foi apelidada por "declaração de Guiúa", cuja cópia está na posse
da nossa reportagem.
No entanto, durante o
encontro de Inhambane, a UNAC deu continuidade e aprofundou os debates sobre o
Plano Nacional de Investimento do Sector Agrário (PNISA) recentemente lançado
pelo Governo de Moçambique e o Programa Prosavana. “De acordo com a última
informação que a UNAC teve acesso, o Programa Prosavana irá ocupar uma área de
14.5 milhões de hectares de terra, em 19 distritos das Províncias de Niassa,
Nampula e Zambézia. Com estes e outros debates e reflexões, nós camponeses e
camponesas membros da UNAC, pretendemos reforçar a atenção a dar em relação ao
Prosavana e definição de estratégias para o seu enfrentamento, apresentando
alternativas às políticas agrárias que tem vindo a ser aprovadas, com quase
total ausência e exclusão de camponeses e camponesas de todo o Pais” – concluiu
a Assembleia Geral da UNAC.
Quanto ao ProSavana, lê-se na declaração que “o debate sobre o Programa
Prosavana acontece dois meses após a UNAC ter mantido encontros e diálogos
alargados com o Governo de Moçambique, Ministério das Relações Exteriores do
Japão, parlamentares do Japão, representantes da Agência Japonesa de Cooperação
Internacional conhecida por JICA, Agência Brasileira de Cooperação (ABC),
Embaixador do Japão em Moçambique e Embaixadora da República Federativa do
Brasil em Moçambique. Depois de vários debates ao nível da base e das uniões
distritais e provinciais constatamos haver muitas discrepâncias e contradição
nas insuficientes informações disponíveis, indícios e evidências que confirmam
a existência de vícios de concepção; irregularidades no suposto processo de
consulta e participação pública; sérias e iminentes ameaças de usurpação de
terras dos camponeses e remoção forçada das comunidades”.
Assim, os camponeses deixaram claro que “a insistência e incidência do
Governo por mega projectos vai beneficiar, desproporcionalmente, os grandes
poderes corporativos transnacionais, pondo em causa a essência da nossa vida
como camponeses. Algumas pessoas e determinadas instituições confundem que os
mega projectos vão reduzir a pobreza, mas a UNAC entende que enquanto os
rendimentos dos mesmos não resultarem numa distribuição nacional equitativa da
renda, com vista a dinamizar outros sectores como a agricultura familiar
(produção de alimentos), o efeito poderá ser precisamente o contrário, pois os
mega projectos poderão alienar e aprofundar a precarização dos camponeses”.
“Quanto ao PNISA, queremos comunicar que este documento
tem sido matéria de ampla discussão no movimento camponês e nos espaços e
processos de participação pública durante a sua concepção. Para nós, camponeses
e camponesas membros militantes da UNAC, o PNISA é, para o Governo de
Moçambique, um instrumento importante para a operacionalização do Plano
Estratégico para o Desenvolvimento do Sector Agrário (PEDSA. Porém,
reconhecemos que o mesmo, por si só, não responde cabalmente e de uma forma
satisfatória a todas as linhas estratégicas dos quatros pilares do Plano
Estratégico para o Desenvolvimento do Sector Agrário (PEDSA), pelo que
defendemos a adopção de um Plano Nacional de Apoio a Agricultura do Sector
Familiar, cuja proposta foi debatida durante a nossa Assembleia-Geral anual que
decorreu em Inhambane. Por outro lado, a crescente expansão de monoculturas de
plantações florestais na Província do Niassa e em outras províncias do País, a
violação de direitos dos camponeses e os conflitos de terra como é o caso das
comunidades reassentadas em Tete nos preocupam bastante. Com o Prosavana por
exemplo, os camponeses e camponesas a serem atingidas por este programa estão a
reclamar, denunciando várias irregularidades e as incertezas do futuro ao longo
do Corredor de Nacala” – apelaram os camponeses.
Mais adiante, dizem os camponeses unidos pela UNAC que “temos medo de ser expulsos das nossas terras, deslocados
e reassentados em outras regiões como aconteceu em Tete. Assumimos que devemo-nos
mobilizar e resistir contra essas ocupações indevidas de nossas terras e
comunidades. A remoção e deslocação forçada da população implicam uma ruptura,
desestruturação e violência contra o ciclo secular de vida e nossa relação com
a terra e com a natureza”.
Entendem os camponeses que “a Assembleia-Geral anual da
UNAC de 2013 acontece num contexto em que os camponeses e camponesas enfrentam
desafios enormes, associados ao aumento de conflitos e fenómeno de usurpação de
terras e consequentes deslocações forçadas pela implantação de grandes
projectos de investimentos nas áreas de mineração, hidrocarbonetos e grandes
plantações de monoculturas florestais. Estamos conscientes dos desafios que
temos pela frente entre os quais a usurpação de terras provocada por mega
projectos de mineração e monoculturas de árvores, ausência de uma política de
apoio a agricultura do sector familiar que nos empurram para a penúria” e que “vemos todos estes projectos com grande cepticismo porque
há muitas razões, dúvidas e sobretudo evidências de casos concretos que afligem
os camponeses que estão em situação de conflitos e disputa de terra com as
empresas. Com todos estes problemas haverá redução de campos de cultivo,
produção e da produtividade. Também irá desmotivar e provocar a desmoralização
dos camponeses, submetendo-os a uma alienação, num processo que visa forçar os
camponeses a abandonarem a prática da agricultura, tornando-os em mão-de-obra
barata”. (Aunício da Silva)
Detenção do Dr. Jorge Arroz com repercussões nas
províncias
Plataforma da
Sociedade Civil de Nampula revoltada com a polícia
A detenção do presidente da
Associação Médica de Moçambique, AMM, Dr. Jorge Arroz, por quatro na noite do
último domingo criou ira no seio da sociedade moçambicana quase por todas as
províncias do país.
Ao nível da província de Nampula, a Plataforma Provincial
da Sociedade Civil manifestou a sua indignação pelo acto bárbaro perpetrado
pelos agentes da Polícia da República de Moçambique, PRM, que resultou na
detenção arbitrária do jovem médico.
De acordo com António Mutoua da Plataforma Provincial da
Sociedade Civil em Nampula, a atitude intimidatória do governo ao deter o líder
da Associação Médica deixa claro que o diálogo é ainda utópico por parte do
governo para as várias frentes profissionais e da sociedade civil.
Assim, a Plataforma da SC em Nampula exige que o governo
através do seu mais alto representante peça desculpas ao Dr. Jorge Arroz e sua
família, a classe dos médicos, bem como a toda a sociedade moçambicana.
Entende a Plataforma da SC de Nampula que o governo deve
parar de intimidar as vozes que se abrem para manifestar as mais diversas
injustiças que ocorrem no país, aceitando as suas falhas e, assumindo que deve
trabalhar para o bem da colectividade e não de interesses individuais e
bastante pessoais. (Aunício da Silva)
Distrito de Moma
Técnicos da AENA
aprendem sobre gestão de negócios
Mais de vinte técnicos de extensão
rural dos distritos de Moma, Angoche e Meconta, na província nortenha de
Nampula, beneficiam de uma capacitação em matéria de gestão de negócios na vila
de Moma desde ontem, segunda-feira.
Trata-se de técnicos ao serviço da Associação Nacional de
Extensão Rural, AENA, que desenvolvem actividades nos distritos mencionados.
Falando na abertura do evento, Juma Vasco Mutaua, Oficial
de Monitoria e Avaliação da AENA disse esperar que os técnicos possam aprender
de forma que consigam, a posterior, transmitir aos seus grupos de trabalho.
Segundo Juma Mutaua esta actividade deve ser encarada com
muita seriedade no sentido que fique seguro que o trabalho que será
desenvolvido junto das comunidades pelos técnicos esteja virado a uma boa
compreensão na transmissão do conhecimento adquirido na formação.
No entanto, os técnicos mostram-se optimistas com as
aprendizagens que vão obter na formação, esperando que saiam do seminário com
conhecimento bastante para transmitir aos beneficiários das actividades da
AENA. (Aunício da Silva)
sexta-feira, 3 de maio de 2013
Notícias de Manica –
Chimoio
Os 15 homens que
garantiam a segurança do Secretário-Geral da Renamo, Manuel Bissopo, encarcerados a força pela Força de
Intervenção rápida, FIR, polícia antimotim “da Frelimo”, vão dentro de
instantes serem apresentados a Juíza de Instrução Criminal na cidade de Chimoio,
província de Manica, centro de Moçambique.
Neste momento, os detidos
que ainda não foram formalmente acusados estão entrando na sala onde devem ser
ouvidos pela juíza.
Uma fonte que
acompanha o processo em Chimoio diz que o aparato policial montado para
garantir a segurança no local é de cortar a faca, pois, receia-se uma resposta/retaliação
por parte da Renamo para recuperar os seus homens.
Segundo a mesma
fonte, o ambiente parecesse com mais um início de guerra.
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